Os Acordos de Oslo assinados entre Israel e a Palestina em 1993, com a mediação dos Estados Unidos, foram divulgados oficialmente como “acordos de paz”. Na prática, porém, eles apenas reorganizam o controle israelense sobre o território palestino, estruturando o cerco em Gaza, usando a Autoridade Palestina como instrumento de ocupação e dando duras respostas aos protestos durante a Primeira Intifada, em dezembro de 1987.
Dali surgiria o Hamas e outras organizações contra o ostensivo controle na região, explica Isabela Agostinelli dos Santos, que defendeu recentemente seu doutorado em Relações Internacionais, no programa de pós-graduação San Tiago Dantas. Em sua conversa com Neusa Maria Pereira Bojikian (Pós-doc Unicamp – INCT-INEU), dividida em dois programas, ela aborda a relação bilateral EUA e Israel com as lentes voltadas para a ocupação israelense sobre os territórios palestinos, refletindo como esse processo permitiu, ao longo do tempo, a ampliação do poder dos Estados Unidos no Oriente Médio.
Confira o primeiro programa em:
Neste segundo programa, a discussão avança pelos marcos cronológicos das relações bilaterais entre EUA e Israel. As pesquisadoras analisam alguns momentos chaves como a Guerra ao Terror, que permitiu uma intensa troca de tecnologia e armamentos entre os países; ou como os Acordos de Abraão, assinados nos anos Trump, que “dizem menos sobre paz e mais sobre as relações econômicas” e consolidam o abandono à causa palestina. Confira em:
Diálogos INEU é um programa de entrevistas iniciado em 2019, em meio à pandemia, produzido pelo INCT-INEU, rede que agrega mais de 100 pesquisadores em Estados Unidos. A apresentação é de Neusa Maria Pereira Bojikian, pós-graduanda em Relações Internacionais na Unicamp. Neusa divide comigo a produção dos Diálogos. A edição é de Lucas Palermo.
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