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A imigração é crucial para a economia dos EUA


Para o INCT-INEU

O uso político da imigração nos Estados Unidos, a partir da criminalização dos estrangeiros e da manipulação do preconceito, é um dos exemplos cabais do abismo entre a realidade dos fatos e a retórica supremacista estadunidense. 

É o que mostram os dados trazidos pela cientista social Thaís Lacerda, editora do Latino Observatory e professora da Faculdade Católica Paulista, em sua entrevista (divida em duas partes) para Neusa Maria Pereira Bojikian (Unicamp/INCT-INEU) no Diálogos INEU.

Com o seu empreendedorismo, em grande medida por força das próprias circunstâncias (desvantagens linguísticas, raciais e outras), os imigrantes não apenas geram novos postos de trabalho para os Estados Unidos, criando empresas e oferecendo serviços, como injetam bilhões de dólares na economia estadunidense através dos impostos que pagam, explica Lacerda no primeiro programa da série.

Em sua avaliação, políticas ainda mais restritivas à entrada dos imigrantes nos EUA podem ser catastróficas para aquele país. Segundo as projeções para o período entre 2023 e 2034, a força de trabalho imigrante poderá contribuir com US$ 7 bi para o PIB estadunidense e US$ 1 bi em receitas adicionais para o governo.

E mais: sem os imigrantes, a posição dos EUA como potência global despencaria para o terceiro lugar. 

No segundo programa, Lacerda e Bojikian focam na contribuição específica dos latino-americanos para a economia estadunidense, apresentando as principais características dessa população naquele país. 

Segundo maior contingente de conservadores da população norte-americana, representando 30% entre os eleitores de Trump, além de impulsionarem a economia com seu trabalho e pagamento de impostos, os hispânicos são um importante mercado consumidor.

Mesmo assim, são alvo constante do preconceito e do racismo que normalmente atacam as populações afro-americanas, encontrando muito mais dificuldades para obter benefícios da “maior democracia do mundo”. 


Dois programas que trazem dados contundentes sobre a crucial contribuição dos imigrantes para a economia dos Estados Unidos: confiram a parte 1 e a parte 2 . 

Nesta quinta-feira, Neusa Maria Pereira Bojikian conversa com a doutora em Relações Internacionais Isabela Agostinelli dos Santos, autora da tese “Morte e vida palestina: a reorientação tática do colonialismo israelense na Faixa de Gaza”. 

Acompanhe às 19h, no Canal do INCT-INEU.

Diálogos INEU é um programa do INCT-INEU, rede de pesquisadores especialistas em Estados Unidos, que tenho a alegria de produzir ao lado de Neusa Maria Pereira Bojikian e Lucas Palermo (edição).

Arte: Lucas Palermo.


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